Usado só de um lado, extravagante, às vezes incômodo, os “brincos de sereia” surgem a partir da figura da sereia com a concha ao ouvido que “murmura” o barulho do mar. Mas a estória das sereias começa nos tempos de antanho. As sirenas ou sereias são seres da mitologia grega descritos como parte mulher e parte pássaro: aquelas que encadeiam, atraem os homens, principalmente, no mar. Na Idade Média, o mito evoluiu para mulheres-peixe, e passou a ter outras conotações. Há duas versões para sua origem. Seriam belas jovens do séquito de Perséfone, e que, quando Hades a raptou, elas suplicaram aos deuses que lhes concedessem asas para procurar Perséfone na terra, no ar e no mar. Deméter, irritada por não terem impedido o rapto da filha, as transformou em almas-pássaros. A outra versão é que Afrodite as teria transformado em aves por elas desprezarem os prazeres do amor, tornando-as assim frígidas da cintura para baixo. Homero nos conta que Ulisses escapou dos encantos das sereias pondo cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrando-se ao mastro para não se atirarem na água ao ouvi-las cantar com suas vozes melodiosas.
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